domingo, 5 de outubro de 2014

Mergulho: Curso Open Water Diver

Bom, pra quem me acompanha em outras redes sociais já viu que ultimamente eu só tenho falado sobre uma coisa: mergulho. Fiz o curso inicial, o Open Water Diver, e estou completamente apaixonada por essa minha nova atividade. É fascinante, eu juro. Como várias pessoas me perguntaram sobre o curso, vou tentar resumir o conteúdo e minhas experiências até o momento.

Pra começar, você recebe um livro e DVD para estudar em casa. Após a conclusão, iniciam-se as aulas práticas na piscina ou em um local com características semelhantes onde realizará todos os exercícios e treinamentos. E por fim, seu batismo em águas abertas. O tempo de duração do curso depende do seu tempo disponível.

No começo é um pouco desconfortável, o equipamento é pesado, sua garganta fica super seca por causa do ar do cilindro, você percebe que se mexer na água é mais difícil do que na superfície, você vai cair (sim, é cair mesmo) pra trás, sentada e de vários outros jeitos, mas você se acostuma. E quando aparece o primeiro peixe curioso do seu lado, você esquece de absolutamente tudo isso. No meu caso, esqueci até de prestar atenção na aula de tão fascinada que fiquei e eu morria de medo de peixe! Ainda tenho um certo medo, mas diminuiu muito depois do curso porque a sensação é simplesmente maravilhosa.


Se ficou curioso, mas não sabe se realmente quer fazer o curso, você pode optar por um "mergulho experimental" antes de realizar o curso inicial completo. Procure por um centro de mergulho próximo e tire suas dúvidas ou me pergunte aqui nos comentários! =)
Ao finalizar o curso, você recebe uma credencial com sua foto e informações que deve ser apresentada pelos centros de mergulhos por onde passar.


Pra quem mora no Japão, eu indico a equipe da Coral Diving que é onde eu fiz o meu primeiro curso e farei os outros em breve. O instrutor e todos os outros membros da equipe são atenciosos e competentes. Site para mais informações: http://www.coraldiving.tk

Importante: Existem diversos cursos reconhecidos mundialmente, então é provável que haja alguma alteração de material e métodos de acordo com a escola que escolher. Faça uma escolha consciente, pesquise bem o local de seu interesse e tenha certeza da qualificação de seus instrutores.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O que é um Origami?

Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la.

Conforme se foram desenvolvendo métodos mais simples de criar papel, o papel foi tornando-se menos caro, e o Origami, cada vez mais uma arte popular. Ainda assim as pessoas menos abastadas se esforçavam em não desperdiçar; guardavam sempre todas as pequenas réstias de papel, e usavam-nas nos seus modelos de origami.

Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1797 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro (tsuru). O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.

O origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. Ao contrário da crença popular, o origami tradicional japonês, que é praticado desde o Período Edo (1603-1868), frequentemente foi menos rígido com essas convenções, permitindo até mesmo o corte do papel durante a criação do desenho, ou o uso de outras formas de papel que não a quadrada (retangular, circular, etc).

Fonte: Wikipédia

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diário de Bordo: Plantação de girassol

O girassol ou ひまわ(himawari) são flores muito cultivadas e admiradas no Japão. Há plantações espalhadas em diversas regiões para você visitar entre junho a outubro. Em Zama, na província de Kanagawa, acontece o famoso ひまわり祭り(himawari matsuri) ou Festival do Girassol, que atrai visitantes de todos os lugares.


Visitei uma plantação na província de Aichi e foi uma coisa fantástica! É impossível não se apaixonar pela beleza e quantidade de girassóis. Para começar, é tudo bem organizado e simples. Uma pessoa adulta paga em média 650 (aproximadamente $6,40 dólares) para entrar, e ganha uma tesoura para cortar até cinco girassóis de sua preferência para levar. 

 

Vários palanques são construidos em lugares específicos para que o visitante possa tirar fotos de ângulos diferentes e admirar a plantação de cima. Se você quiser, pode entrar lá no meio, mas eu não aconselho. Eu fiz isso e apesar de encantador, saí me coçando muito! Outra dica é ir preparado para aguentar o clima quente e abafado, mas nada que seja um problema. Além de lugares para descanso, você pode contar com as maquininhas de sucos e refrigerantes, e também com as raspadinhas e sorvetes de diversos sabores feitos na hora.

No final do passeio, você devolve a tesoura e eles embrulham os seus girassóis para serem transportados em segurança. Apesar do calor, eles aguentaram a viagem e duraram um bom tempo fora da água.

Eles ficam lindos em qualquer lugar, até quando não se tem um vaso decente para tirar foto! =)

Nesse site tem mais informações, em japonês, sobre a época de girassóis e muitas outras flores e frutas cultivadas no mesmo local: http://www.hana-hiroba.net

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Diário de Bordo: Parque de Nara

O Parque de Nara, Nara Park ou 奈良公園 (Nara Kouen) é uma grande área verde famosa pelos templos Todai-ji e Kofuku-ji. Nara localiza-se na província de Nara, que é a mais antiga do Japão, na região de Kansai. A cidade, que completa 1.304 anos, foi o berço da cultura japonesa fortemente baseada em valores e costumes importados da China e da Coreia. 


Além de vários templos espalhados pelo parque e uma arquitetura maravilhosa, a cidade conta com eventos especiais durante as quatro estações do ano. Porém, o que me chama mais a atenção e o que me faz voltar são os habitantes fofinhos do parque: os veados! Eles estão por toda a parte. Somando mais de 1.200, eles ocupam os principais pontos turísticos do parque, e de vez em quando, uma parte da rua também. Aqui eles são sagrados, a lenda diz que o deus Takemikazuchi chegou para proteger a cidade recém construída montado em um veado branco. Além de serem considerados os mensageiros dos deuses xintoístas, ainda possuem o título de Tesouro Nacional Natural desde 1957.



Você pode alimentá-los com bolachas vendidas no parque chamadas de "sembei" (biscoito de arroz), mas não abuse e tome cuidado. Apesar de fofinhos, eles estão sempre com fome. O ideal é escolher um local onde não há muitos veados cercando a barraquinha de bolachas, assim você não corre o risco de levar uma mordidinha na sua batata da perna. Mas não se assustem, só estão pedindo!


Essa foto foi tirada no verão de 2011, mas hoje em dia os chifres dos veados machos adultos são cortados para não machucarem ninguém. =)